Dissertação/Mestrado: UM ESTUDO SOBRE A ARGUMENTAÇÃO NO RPG NAS AULAS DE BIOLOGIA. (ROBERTO SHINITI FUJII)

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa de cunho qualitativo que visa a analisar a argumentação dos alunos do Ensino Médio e Superior num jogo de RPG envolvendo uma temática relacionada ao ensino de biologia. Desde Aristóteles houve um declínio dos estudos da argumentação por conta de trabalhos que a viam como despida de seriedade e descompromissada com a honestidade do discurso. Em meados do século XX, os filósofos Toulmin, Perelman e Olbrechts-Tyteca publicaram trabalhos que trouxeram os estudos sobre a argumentação novamente à ciência, como fundamentais para a construção do discurso. Por fim, na década de 70, van Eemeren e Grootendorst notaram a importância da teoria da argumentação como elemento pragmático e dialético indispensável no contexto social. Com bases nesses estudos, o olhar se voltou ao estado da arte na Educação. As pesquisas sobre a argumentação no Ensino de Ciências demonstram que a escola ainda não promove adequadamente o desenvolvimento da argumentação científica por desconhecimento do professor de sua importância dentro das disciplinas científicas. Por outro lado, se fez um levantamento sobre o jogo de interpretação de personagens (Role-playing Game – RPG) historicamente e as conseqüências sobre o seu uso na Educação. Poucos trabalhos foram encontrados sobre o uso do RPG no ensino de ciências. Diante dessas perspectivas, foi aplicada uma aventura construída segundo as categorias de Vogler (1997), primeiramente em uma turma de 3º ano do Ensino Médio de uma escola da rede pública de ensino do Paraná e, depois, em uma turma de graduandos da Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. Essa aventura é uma viagem no tempo, onde os personagens voltam acidentalmente para a Londres de 1928 e devem retornar para a época inicial. Nessa empreitada, impedem que Fleming descubra a penicilina e isso muda a linha do tempo. Os alunos devem decidir através da argumentação, consertar ou não as ações temporais. Ambas as aplicações foram gravadas em VHS e transcritas. Utilizando as condições da Teoria Pragmadialética de van Eemeren e Grootendorst (2004) para análise dos dados, concluímos que o jogo incentiva o desenvolvimento da argumentação a partir da fala dos participantes com hábitos culturais e sociais reconhecidamente maiores pelo grupo, os quais ganham autoridade para decidirem os rumos do enredo. Tal condição coloca o RPG como um jogo de cooperatividade relativa, pois os jogadores com maior autoridade podem se utilizar de técnicas persuasivas para obter a adesão dos demais jogadores para ações que não refletem, necessariamente, uma decisão coletiva.
Palavras-chave: Argumentação, Role-playing Game, Jogos Cooperativos, Ensino de Ciências, Ensino de Biologia.
Fonte: http://rpgacademico.blogspot.com.br/2010/07/dissertacaomestrado-um-estudo-sobre.html

Desenvolvimento de Role–Playing Game para Prevenção e Tratamento da Dependência de Drogas na Adolescência

Renata Brasil Araujo1 Maíra Maria de Alencar Oliveira Jeferson Cemi Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
O objetivo desse estudo é apresentar o desenvolvimento do Role–Playing Game (RPG) Desafios por uma pesquisa qualitativa que adotou como estratégias: grupos focais, observação direta e questionários. Participaram adolescentes, de ambos os sexos: quatro internados para a dependência química e quatro estudantes do Ensino Médio. Os instrumentos foram: RPG Desafios, entrevista estruturada e escalas analógico-visuais. Após seu desenvolvimento, o jogo foi aplicado em estudo piloto, corrigido, avaliado por juízes e sua versão final foi testada. Conclui-se que o RPG Desafios é útil no tratamento e prevenção da dependência de drogas na adolescência pelo treinamento das habilidades para o enfrentamento de situações-problema e mudança da crença de que o uso de drogas é uma estratégia para resolução de conflitos. Palavras-Chave: jogo Terapêutico; habilidades de enfrentamento; adolescência; drogas.

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